O sol intenso e altas temperaturas exigem cuidados com a pele na infância; saiba quais são as melhores opções
Por Priscila Carvalho, da Agência Einstein
A pele de bebês e crianças é mais sensível e suscetível às queimaduras dos raios ultravioleta, e a proteção exige cuidados especiais, como filtros solares com ingredientes específicos e limite nos horários de exposição.
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Entre os seis meses e dois anos de idade, é recomendável protetores do tipo físicos, que podem ser identificados como “baby” ou “mineral”. Geralmente, esses produtos trazem em sua composição o óxido de zinco e dióxido de titânio, que agem como bloqueadores, refletindo e devolvendo a radiação solar. Pais e responsáveis devem favorecer os itens com Fator de Proteção Solar (FPS) maior ou igual 30, mas não menores.
Os protetores do tipo químicos absorvem os raios ultravioleta antes que penetrem nas camadas da pele, mas não são indicados às crianças. “São recomendados filtros físicos e sem parabenos para as crianças. Estes oferecem uma camada mais protetora”, explica Vanessa Mouawad, pediatra neonatologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
Bebês têm recomendação de usar o filtro solar todos os dias, nas áreas do corpo expostas ao sol, a partir dos seis meses, de acordo com Marice Mello, membro do departamento científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Como aplicar e quanto?
A aplicação do protetor solar deve ser programada para as crianças: meia hora antes de sair de casa. Depois, reaplicação a cada duas horas. Se a criança entrar na água ou rolar na areia, o produto deve ser reforçado.
A quantidade ideal se assemelha às recomendações dos adultos, mas são mais generosas: uma colher de chá no rosto e três colheres de sopa no corpo. É importante que o produto seja bem espalhado por toda a pele, sem deixar acúmulos.
Deve-se priorizar a aplicação com o corpo seco para que não atrapalhe a absorção. No caso dos protetores em formato de spray, os resistentes à água são os mais indicados.
Horário certo para exposição
A recomendação para evitar horários específicos na radiação solar, especialmente nos períodos mais quentes do ano, é antiga. No caso das crianças, ela deve ser levada ainda mais a sério. A exposição deve ocorrer somente antes das 10h e depois das 16h.
Mesmo nesses horários, e ainda que o dia esteja nublado, o filtro solar deve ser aplicado. Em dias de mormaço, os raios ultravioletas também podem queimar.
Roupas protegem?
As roupas de proteção UV são seguras e práticas. De acordo com Marice Mello, dermatologista, onde há esse tipo de roupa não é necessário passar o filtro solar.
O uso de óculos, bonés e chapéu também ajuda na proteção solar em crianças. “Devemos lembrar que a prevenção da pele inicia na infância. O acúmulo de sol ao longo da vida pode ser responsável pelos cânceres de pele na fase adulta”, ressalta a especialista.
Na falta dos itens com proteção UV, as camisetas de algodão podem ser uma alternativa. Neste caso, porém, é necessário reforçar o uso de protetor solar, já que essa peça de roupa não substitui o protetor.
(Fonte: Agência Einstein)
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